domingo, 1 de março de 2009

Clarice



As vezes uma pessoa, não é perfeita como você deseja, o que se esquece é que podemos sempre mudar...
Eu aprendi a gostar...

Pág. 32
“ A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano.”

Pág. 36/37
“ O silêncio é a profunda noite secreta do mundo.”

Pág. 37
“Há uma maçonaria do silêncio que consiste em não falar dele e a de adorá-lo sem palavras.”
“(...) E o coração bate ao reconhecê-lo [o silêncio]: pois ele é o de dentro da gente.”

Pág. 43
“(...). O que ela era, era apenas uma pequena parte de si mesma.
Sua alma incomensurável. Pois ela era o mundo. E no entanto vivia o pouco.”

Pág. 53
“ Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma.”

Pág. 79
“(...). A coragem de Lóri é a de, não se conhecendo, no entanto prosseguir , e agir sem se conhecer exige coragem.”

Pág. 119
“De algum modo, já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele.”

Pág. 126
“Sempre se retinha um pouco como se retivesse as rédeas de um cavalo que se poderia galopar e levá-la Deus sabe onde. Ela se guardava. Por que e para quê? Para o que estava ela se poupando? Era um certo medo de sua capacidade, pequena ou grande. Talvez se contivesse por medo de não saber os limites de uma pessoa.”

Pág. 139/140
“... – e no instante seguinte ela esquecera o que soubera através da revelação. Era como se o pacto com o Deus fosse este: ver e esquecer, para não ser fulminada pelo intolerável saber.”

Pág. 149
“Lembrou-se de como era antes destes momentos de agora. Ela era antes uma mulher que procurava um modo, uma forma. E agora tinha o que na verdade era tão mais perfeito: era a grande liberdade de não ter modos nem formas.”

Pág. 152
“(...). Saiba também calar-se para não se perder em palavras.”

Pág. 155
“ – Amor será dar de presente um ao outro a própria solidão? Pois é coisa mais última que se pode dar de si, ...”



Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres.
Clarice Lispector
1969

“(...), a mulher e escritora Clarice Lispector resiste a todas as tentativas de enquadramentos, classificações ou definições.” (ROSENBAUM, 2002:08)


ROSENBAUM, Yudith. Clarice Lispector. São Paulo: Publifolha, 2002. (Folha Explica)

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